Rodas de Conversas do Neddate

Postado por espindolathays em 19/ago/2020 - Sem Comentários

Ao longo de 2020 o Núcleo de Estudos, Documentação e Dados sobre Trabalho e Educação desenvolverá o Projeto de extensão intitulado “Rodas de Conversas do Neddate”. O Projeto foi criado durante o isolamento social para ser um espaço de reunião ampliada do Núcleo com estudantes, professores e o público em geral, interessados em refletir e analisar sobre a sociedade e a educação pública em todos os níveis e modalidades.
Os encontros serão feitos através da plataforma meet.google.com, com emissão de certificados. Os links de acesso das salas serão liberados na página do Neddate no facebook.

  • Roda I: O Future-se e a EaD na pandemia: Duas faces do projeto ultraliberal de universidade pública.

Data: 21/07/2020 (15:00 horas)

Expositores: Prof. Régis Argüelles (UFF) e Prof.ª Kênia Miranda (UFF)

Mediação: Prof.ª Jaqueline Ventura (UFF)

Ementa: O encontro tem como objetivo discutir dois problemas centrais para as Instituições Federais de Ensino Superior: o Projeto de Lei do Future-se e a proposta de retorno às atividades em um contexto de pandemia. O foco do debate é buscar avaliar as possíveis articulações entre o acirramento das contrarreformas do governo de extrema-direita e o estabelecimento do “ensino remoto” em um contexto de crise sanitária e política. Em relação ao Future-se, destacaremos os riscos do projeto de autonomia financeira proposto pelo atual governo, cujo o horizonte é a ampliação de desigualdades já existentes entre as IFES, além do aprofundamento de mecanismos de controle do trabalho docente e discente, de acordo com a agenda ultraliberal para a educação superior. Já quanto às atividades de ensino durante a pandemia do Covid-19, sublinharemos as potenciais ameaças resultantes de uma política de ensino remoto imposta à comunidade universitária de cima para baixo, tais como o favorecimento de corporações empresariais de educação, precarização e aligeiramento do ensino ministrado pelas IFES, e perda da autonomia e privacidade de professores e alunos.

  • Roda II: Lutas no campo e o “comum” na América Latina: necropolítica do capital e o direito à vida.

Data: 06/08/2020 (16 horas – Brasil, Uruguai e Argentina/ 14 horas – México)

Expositores: Autores da Revista Trabalho Necessário n. 36.

Mediação: Prof.ª Lia Tiriba( UFF) e Prof.ª Ana Motta Ribeiro (Dep.Sociologia/ OBFF/UFF)

Ementa: O encontro tem como objetivo reunir os autores da edição número 36 da Revista Trabalho Necessário que traz como temática Lutas sociais no campo e o “comum” na América Latina. Os autores/as analisam que, na contemporaneidade, os impactos do alto padrão de concentração fundiária e ambiental, assegurado por políticas neoliberais têm atingido proporções de desastre, afetando sobremaneira a materialidade e a imaterialidade da reprodução da vida dos povos originários e tradicionais do continente latino-americano.  São povos historicamente expropriados que acessam a terra e garantem seus territórios por meio de lutas contra as formas de submissão que lhes querem impor as elites agrárias. Os textos revelam que, para esses povos, as relações entre seres humanos e natureza são entendidas como elementos de reprodução da vida, o que tem se revelado em condições não necessariamente capitalistas, e que emergem como alternativa crítica ao modo hegemônico de produção da vida. Numa perspectiva interdisciplinar, e a partir de pesquisas empíricas, a TN 36 traz contribuições teórico-metodológicas de autores/as do campo trabalho- educação e de outros campos do conhecimento.

  • Roda III: Desafios contemporâneos à educação pública e democrática.

Data: 18/08/2020 (15 horas).

Expositores: Prof.ª Angela Rabello M.B. Tamberlini (UFF) e Prof.ª Sandra Maria de Morais (UNIRIO)

Mediação: Prof.ª Jaqueline Ventura (UFF)

Ementa: O encontro tem como objetivo, a partir de breve contextualização dos impactos do capitalismo contemporâneo e avanço das políticas pautadas pelo ultraliberalismo no setor público, agravadas no cenário marcado pela pandemia, refletir sobre os limites e possibilidades de ministrar formação humana, integral e crítica às classes populares. Para tanto traçaremos um painel das atuais políticas de formação docente destinadas à atuação no ensino médio e das recentes reformas efetuadas nesta importante etapa da educação básica, seu significado e perspectivas de futuro que preconiza para estudantes de menor renda. Dentre alguns avanços que vinham sendo implementados com o objetivo de democratizar o acesso à educação dos discentes secundaristas ao ensino superior, destacamos as políticas de ações afirmativas, sendo dirigidas para o grupo social ou fração de classe trabalhadora mais pobre e excluída, conforme demonstrado nas estatísticas. Trata-se de um debate polêmico, tanto na academia quanto na sociedade. Procuraremos na exposição, trazer as visões desta polêmica, fazendo o movimento teórico/histórico, para entender o objeto nas suas múltiplas determinações. Compreendemos que ao lutar contra as injustiças sociais, devemos combinar políticas focais e universais, juntamente   com os diversos movimentos sociais. Não podemos, no entanto, perder de vista a perspectiva político-crítica sobre a estruturação da sociedade em classes. Assim sendo, pretendemos avaliar em que medida as políticas educacionais em curso democratizam, de fato, o acesso à educação pública, laica, democrática, concebida como um direito social.

  • Roda IV: Crise Capitalista, trabalho e conjuntura política no Brasil.

Data: 06/10/2020 (15 horas).

Expositores: Prof.ª Maria Ciavatta (UFF) e Prof.ª Sonia Rummert (UFF)

Mediação: Prof.ª Maria Cristina Rodrigues (SSN/UFF)

Ementa: O encontro tem como objetivo tecer considerações sobre a crise do capitalismo dependente no Brasil. As condições de vida da classe trabalhadora na atualidade brasileira. As correlações de forças que sustentam a extrema direita no Brasil hoje. Novos formas de organização e luta delineadas pela classe trabalhadora. O autoritarismo em suas diversas expressões, A dialética da liberdade e da dominação.

  • Roda V: Precarização do trabalho e Educação de Jovens e Adultos: Desafios em tempos de pandemia.

Data: 20/10/2020 (15 horas).

Expositores: Prof.ª Maria Cristina Rodrigues (SSN/UFF) e Prof.ª Jaqueline Ventura (UFF)

Mediação: Prof.ª Adriana Barbosa (UFF/PUC-Rio)

Ementa: Esse encontro tem como objetivo trazer ao debate a temática da precarização do trabalho, marca histórica da formação social brasileira, que, no entanto, vem se aprofundando no Brasil e no mundo a partir das estratégias do capital para o enfrentamento de suas crises de acumulação desde os anos 1970. Os anos 2000 são especialmente pródigos no ataque ao trabalho, com uma série de mudanças na lei e na prática das relações e condições de trabalho: lei da terceirização, reformas trabalhista e da previdência, MP 936 e 927 – essas, específicas para o enfrentamento da calamidade pública em função da pandemia do corona vírus – são alguns exemplos do que a classe trabalhadora brasileira tem enfrentado. Associado à precarização do trabalho também devemos analisar as condições de formação/educação oferecidas ao segmento dessa classe que acessa a Educação de Jovens e Adultos. A temática da EJA, conforme a LDBEN nº 9.394/96, refere-se àqueles que, na idade socialmente considerada própria, não tiveram assegurado o direito de acesso e/ou de permanência na escola, visando a concluir a Educação Básica. Seus estudantes vivenciam assimetrias e negações de direitos, comuns a quem é infligida a situação de subalternidade nas sociedades capitalistas e, portanto, são frontalmente atingidos pela precarização do trabalho e crescimento da desigualdade social, ainda mais deflagradas em tempos de pandemia.

  • Roda VI: Racismo e lutas antirracistas no Brasil.

Data: 17/11/2020 (15 horas)

Expositores: Prof. José Luiz Antunes (UFF) e Prof.ª Jacqueline Botelho (SSN/UFF)

Mediação: Prof. Claudio F. da Costa (IEAR/UFF)

Ementa: O encontro tem como objetivo realizar um debate sobre as lutas antirracistas e anticapitalistas na contemporaneidade, destacando-se também a relevância do combate aos processos de recrudescimento da discriminação racial no Brasil, imersos numa conjuntura de avanço da perspectiva ultraliberal. Destacamos a importância da articulação entre as categorias classe, raça e gênero para a compreensão do racismo no Brasil, e, a fim de resgatarmos características da formação social brasileira, apresentamos o genocídio do povo negro e indígena como traços históricos marcantes. Destacamos o importante papel das políticas de ações afirmativas e os ataques atuais do governo ultraliberal a estas políticas. Torna-se imprescindível o debate sobre educação antirracista e práticas de resistência dos educadores no combate ao racismo.  O debate sobre o sentido público das instituições de ensino mostra-se necessário numa conjuntura de incentivo aos processos de privatização da educação, que desafiam o sentido popular da escola e das Universidades.

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